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Como o gestor pode liderar a implantação do NPI com foco em redução de riscos?

18.JUN.2025

A implantação do Novo Processo de Importação (NPI) representa uma das transformações mais significativas do comércio exterior brasileiro nas últimas décadas.

Sob a gestão do Portal Único de Comércio Exterior, o NPI tem como objetivo principal modernizar, simplificar e integrar os fluxos de importação, promovendo maior eficiência operacional, segurança jurídica e transparência.

Para que os benefícios do NPI se concretizem, é fundamental que a liderança das empresas — especialmente os gestores das áreas de supply chain, comércio exterior e compliance — exerça um papel ativo e estratégico.

Este artigo aborda como o gestor pode conduzir a implantação do NPI com foco na redução de riscos e no ganho de eficiência, garantindo aderência às novas exigências e competitividade nos mercados internacionais.

O Que é o NPI (Novo Processo de Importação)?

O NPI é uma reformulação profunda do modelo tradicional de importação no Brasil. Entre suas principais mudanças, destacam-se:

-Substituição da DI (Declaração de Importação) pela DUIMP (Declaração Única de Importação);

-Integração de sistemas governamentais em uma única interface (Portal Único);

-Melhoria da previsibilidade e rastreabilidade dos processos;

-Uso de catálogo de produtos e LPCO (Licenças, Permissões, Certificados e Outros Documentos) previamente validados.

O Papel do Gestor na Implantação do NPI

A liderança desempenha um papel essencial para garantir que a transição para o NPI ocorra de forma estruturada e eficaz. A seguir, veja os principais eixos de atuação do gestor nesse processo:

1. Planejamento Estratégico da Implantação

O gestor deve tratar a implantação do NPI como um projeto estratégico. Isso implica:

-Realizar um diagnóstico dos processos atuais de importação;

-Mapear os impactos operacionais, tecnológicos e regulatórios;

-Definir metas claras e um cronograma realista;

-Alocar recursos (pessoas, tecnologia, consultoria especializada).

A adoção de um plano de transição estruturado minimiza improvisos e garante que a empresa esteja em conformidade com os prazos estabelecidos pelos órgãos reguladores.

2. Integração com Áreas-Chave

O NPI não é responsabilidade exclusiva da área de comércio exterior. Envolve TI, jurídico, fiscal, logística, compras e até fornecedores externos. O gestor deve:

-Promover a comunicação interdepartamental;

-Definir responsáveis por etapas críticas;

-Garantir alinhamento entre requisitos legais e processos internos.

A liderança colaborativa é vital para que o projeto avance com sinergia e agilidade.

3. Foco em Redução de Riscos

Uma das maiores vantagens do NPI é permitir rastreabilidade total da importação, o que reduz riscos de autuações, atrasos e custos ocultos. O gestor pode:

-Implementar procedimentos de verificação prévia de dados (como classificação fiscal, origem e NCM);

-Validar o catálogo de produtos com antecedência;

-Automatizar o controle de documentos sensíveis (LPCOs, contratos, licenças).

Esse controle proativo mitiga falhas e aumenta a segurança jurídica da empresa.

4. Automação e Eficiência Operacional

A digitalização dos processos é uma premissa do NPI. O gestor deve conduzir a empresa à adoção de soluções tecnológicas que:

-Agilizem o preenchimento e a transmissão da DUIMP;

-Se integrem ao ERP da empresa e ao Portal Único;

-Reduzam a carga de trabalho manual e os retrabalhos operacionais.

A eficiência operacional é alcançada por meio da padronização, da eliminação de redundâncias e da automação inteligente.

5. Capacitação e Gestão da Mudança

Nenhuma transformação é bem-sucedida sem pessoas preparadas. O gestor precisa atuar como agente de mudança, promovendo:

-Treinamentos contínuos sobre os aspectos técnicos do NPI;

-Envolvimento das equipes na identificação de melhorias;

-Acompanhamento de indicadores de desempenho durante a transição.

A cultura de aprendizado e adaptação é determinante para garantir a longevidade dos ganhos.

Benefícios Estratégicos da Implantação do NPI

Quando bem conduzida, a implantação do NPI oferece vantagens concretas, como:

-Redução de tempo no desembaraço aduaneiro;

-Melhoria na previsibilidade dos custos de importação;

-Fortalecimento da governança e do compliance regulatório;

-Otimização dos estoques e planejamento logístico;

-Aumento da competitividade internacional.

Mais do que uma obrigação, o NPI representa uma oportunidade de transformação estratégica para as empresas que desejam operar com excelência no comércio exterior.

Conclusão

A liderança do gestor na implantação do Novo Processo de Importação é fundamental para que a empresa não apenas se adapte às exigências regulatórias, mas também ganhe agilidade, segurança e eficiência em suas operações internacionais.

Ao tratar o NPI como um projeto estratégico, envolvendo as áreas certas, investindo em tecnologia e capacitação, o gestor posiciona a organização em um novo patamar de desempenho — mais preparado para os desafios e oportunidades do comércio global.

 

 

 

 

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