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Lei Geral de Comex: Quais seus impactos mo mercado?

17.MAR.2025

No contexto atual de globalização e competição internacional, o comércio exterior desempenha um papel cada vez mais relevante para o crescimento econômico de um país.

Diante disso, o Brasil, através da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado, deu um passo importante na modernização da legislação que regula suas transações comerciais internacionais.

No último dia 13 de novembro de 2024, a CRE aprovou o anteprojeto de lei que visa estabelecer normas gerais para o comércio exterior, com o objetivo de aprimorar o marco regulatório e otimizar os processos envolvidos na importação e exportação de mercadorias.

Com a proposta, o Brasil busca garantir um ambiente mais seguro, ágil e eficiente para suas transações comerciais internacionais.

A última reforma de grande relevância na legislação aduaneira foi em 1966, quando o Decreto-Lei 37 foi instituído.Desde então, as mudanças no mercado global, assim como nas práticas comerciais, exigiram uma revisão mais profunda do arcabouço jurídico do Brasil.

Quais são os objetivos da Lei geral de Comex?

1.Modernização do Comércio Exterior

O anteprojeto tem como um dos seus principais focos atualizar as normas que regem as importações e exportações, acompanhando a evolução do comércio global e, ao mesmo tempo, simplificando processos burocráticos.

2.Simplificação e desburocratização

Uma das grandes promessas dessa reforma é a redução de entraves burocráticos que, muitas vezes, dificultam o processo de importação e exportação, além de gerar custos elevados para as empresas. A ideia é que, com uma regulamentação mais eficiente, os custos operacionais sejam reduzidos e o processo se torne mais ágil.

3.Criação de normas claras e objetivas

Ao consolidar normas dispersas, o anteprojeto busca criar um marco legal único que seja mais acessível e compreensível para as empresas, seja no Brasil ou no exterior. Isso traz mais segurança jurídica, o que é essencial para atrair investimentos e facilitar as transações comerciais.

4.Incentivo à competitividade e integração internacional

A modernização da legislação visa aumentar a competitividade das empresas brasileiras no cenário internacional. Com processos mais ágeis e menos burocráticos, espera-se uma ampliação do acesso aos mercados internacionais, além de permitir que o Brasil se insira de forma mais ativa nos acordos comerciais globais.

Principais características

 

A proposta de reformulação do comércio exterior no Brasil é abrangente e toca em diversos pontos importantes. Alguns dos principais elementos do anteprojeto incluem:

Adoção de práticas digitais: O anteprojeto visa implementar a digitalização de processos, utilizando mais ferramentas tecnológicas para agilizar os trâmites de importação e exportação. Isso envolve a utilização de plataformas digitais para a emissão de documentos, o que promete maior transparência e eficiência.

Revisão do sistema aduaneiro: O texto aborda mudanças no sistema aduaneiro brasileiro, com foco na redução da burocracia e na transparência, além de aprimorar a fiscalização e o controle de mercadorias que entram e saem do país.

Sistema de arbitragem: O anteprojeto também prevê a introdução de um sistema de arbitragem internacional, oferecendo uma alternativa rápida e eficiente para resolver disputas comerciais, o que é uma prática cada vez mais adotada em negócios globais.

Incentivos à exportação: Além de simplificar processos, a proposta visa também criar mecanismos que incentivem as exportações brasileiras, como a redução de impostos e a ampliação de incentivos fiscais para empresas exportadoras.

O projeto da nova lei tem por objetivo aprimorar o gerenciamento de riscos e introduzir a obrigatoriedade do Portal Único de Comércio Exterior, que pretende trazer maior eficiência no despacho aduaneiro e no controle de mercadorias por meio do emprego de tecnologias digitais e documentos eletrônicos.

Impactos esperados para o Brasil

Com a aprovação do anteprojeto, o Brasil dará um passo significativo para tornar o comércio exterior mais acessível e competitivo. Os impactos mais esperados incluem:

Aumento das Exportações: A desburocratização dos processos e os novos incentivos à exportação devem resultar em um aumento das transações comerciais do Brasil com outros países, favorecendo o crescimento do setor exportador.

Atratividade para investidores estrangeiros: A criação de um marco regulatório mais claro e eficiente aumenta a segurança jurídica e torna o Brasil um destino mais atraente para investidores estrangeiros, o que pode estimular novos fluxos de capital.

Integração comercial maior com outros países: A reforma permitirá ao Brasil se adaptar com mais eficiência aos acordos comerciais globais, promovendo a integração do país a blocos econômicos e acordos bilaterais mais vantajosos. Com o avanço tecnológico e o aumento das exigências globais, a simplificação e modernização das normas comerciais se tornou essencial.

A LGCE cria mecanismos para que as empresas possam operar de maneira mais ágil, sem precisar lidar com procedimentos excessivamente burocráticos. 

A implementação de novas tecnologias no comércio exterior, como o Portal Único de Comércio Exterior, tem proporcionado um enorme avanço na facilitação do despacho aduaneiro e no controle das mercadorias.

Isso tem reduzido custos e aumentado a competitividade das empresas brasileiras, permitindo que possam focar mais em suas estratégias de mercado.

Outro ponto importante da LGCE é o incentivo à autorregulação dos processos aduaneiros, com a criação de ferramentas que auxiliam na prevenção de litígios.

Isso traz maior transparência e previsibilidade às operações, diminuindo a possibilidade de erros e aumentando a confiança dos parceiros comerciais internacionais.

As soluções antecipadas, que fazem parte da LGCE, também desempenham um papel fundamental, pois permitem que empresas busquem orientações sobre classificações tarifárias e outros aspectos aduaneiros antes de realizarem operações de comércio exterior, o que pode evitar problemas futuros.

A LGCE também busca alinhar o comércio exterior brasileiro com as melhores práticas globais. Um dos exemplos disso é o alinhamento aos moldes da Convenção de Quioto Revisada (CQR), um acordo internacional que visa harmonizar os processos aduaneiros em diferentes países.

Isso facilita a integração do Brasil nas cadeias de produção globais, permitindo uma maior circulação de bens e serviços e aumentando a competitividade no mercado internacional.

Conclusão

Com a globalização e a crescente complexidade das cadeias produtivas, a LGCE tem sido crucial para tornar as operações comerciais internacionais mais eficientes e competitivas.

Ao modernizar as normas e reduzir a burocracia, a lei não só simplifica o processo de exportação e importação, mas também facilita a entrada de novos mercados e parceiros comerciais para as empresas brasileiras.

Além disso, a LGCE também busca proteger a economia nacional, ao garantir que o comércio exterior seja realizado de forma transparente e justa, combatendo práticas comerciais desleais e incentivando a adoção de padrões éticos no comércio internacional.

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